Ômega-3 e Vitamina D são úteis para quem tem doenças autoimunes, Covid-19 e Cardiopatias

Um estudo publicado no BMJ revelou que a suplementação de vitamina D e gorduras ômega 3 pode reduzir o risco de desenvolver uma ampla gama de doenças autoimunes, incluindo artrite reumatoide, psoríase, doenças da tireoide e outras, à medida que se envelhece. Os participantes do estudo ingeriram diariamente vitamina D3 (2.000 UI), gorduras ômega 3 (1.000 miligramas) ou um placebo, sendo acompanhados por mais de cinco anos. Os resultados mostraram que o uso de suplementos de vitamina D, com ou sem gorduras ômega 3, reduziu a incidência de doenças autoimunes em 22%. Além disso, a suplementação de gorduras ômega 3, com ou sem vitamina D, diminuiu a taxa de ocorrência dessas doenças em 15%.

Para aqueles que consumiram vitamina D e gorduras ômega 3, o risco de desenvolver doença autoimune foi reduzido em cerca de 30%. Notavelmente, quando os participantes ingeriram vitamina D por pelo menos dois anos, essa redução foi ainda mais significativa, chegando a 39%. Vale ressaltar que, para alcançar uma saúde ideal, é necessário não apenas aumentar o consumo de ômega-3, mas também reduzir o consumo de ômega 6, especialmente o ácido linoleico presente em óleos "vegetais" ou de sementes.

Pesquisadores do Brigham and Women's Hospital, da Harvard Medical School, analisaram dados do estudo VITAL sobre vitamina D e ômega 3, envolvendo mais de 25.000 participantes com idade a partir de 50 anos (homens) ou 55 anos (mulheres), para investigar os efeitos desses nutrientes na redução do risco de doenças autoimunes. Durante mais de cinco anos, os participantes consumiram diariamente vitamina D3, gorduras ômega 3 ou placebo, e relataram qualquer diagnóstico de doença autoimune.

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Os resultados mostraram que a suplementação de vitamina D, com ou sem ômega 3, reduziu a ocorrência de doenças autoimunes em 22%. Já a suplementação de ômega 3, com ou sem vitamina D, teve um efeito menos significativo, diminuindo a taxa de doenças autoimunes em 15%. A combinação de vitamina D e gorduras ômega 3 resultou em uma diminuição de cerca de 30% no risco de doenças autoimunes, e quando a vitamina D foi consumida por pelo menos dois anos, essa redução foi ainda maior, chegando a 39%. Esses benefícios podem estar relacionados ao papel da vitamina D na regulação da inflamação e resposta imune, uma vez que os receptores de vitamina D estão presentes em várias células do sistema imunológico.

As gorduras ômega 3, como EPA e DHA, também contribuem para a redução da inflamação. Com base nessas descobertas, a Dra. Karen Costenbader, autora do estudo, recomenda a suplementação diária de ômega 3 proveniente de óleo de peixe e de vitamina D em especial para pessoas com idade acima de 55 anos (mulheres) ou 50 anos (homens) como forma de reduzir o risco de doenças autoimunes.

Baixos níveis de ômega 3 e vitamina D têm sido associados a piores resultados na COVID-19. Um estudo analisou o índice de ômega 3 em 100 indivíduos e descobriu que níveis mais altos estavam relacionados a menor risco de mortalidade pela doença. Ter um índice de ômega 3 acima de 8% está associado a menor risco de doença cardíaca, enquanto um índice abaixo de 4% indica maior risco de mortalidade relacionada a doenças cardíacas. Além disso, os níveis de ômega 3 foram preditivos dos resultados da COVID-19.

A vitamina D também desempenha um papel importante, pois níveis adequados foram associados a menor taxa de mortalidade. Ter níveis abaixo de 20 ng/mL aumentou o risco de morte, enquanto níveis acima de 30 ng/mL foram associados a menor mortalidade.

Tanto o ômega 3 quanto a vitamina D são cruciais para a saúde do coração, e o teste do índice de ômega 3 é considerado um indicador mais importante do risco de doenças cardíacas do que os níveis de colesterol. A vitamina D também beneficia a circulação e pode ajudar a prevenir várias doenças cardíacas.

Reduzir o ômega 6 é crucial para a saúde. A maioria das pessoas consome uma quantidade excessiva de ômega 6 em relação ao ômega 3, o que causa desequilíbrio. A proporção ideal entre ômega 6 e ômega 3 deve ser de aproximadamente 1 para 1 (ou até 4 para 1 numa proporção limitrofe). Aumentar a ingestão de ômega 3 não é suficiente para neutralizar os danos causados pelo excesso de ômega 6. É necessário diminuir o nível de ômega 6 para evitar problemas de saúde.

Os óleos vegetais processados, como os óleos de sementes industriais, são os principais responsáveis por esse desequilíbrio. O ácido linoleico, encontrado em grande quantidade nesses óleos, é prejudicial quando oxidado e causa doenças crônicas. Os metabólitos resultantes, chamados OXLAMs, são tóxicos e podem levar a diversas condições prejudiciais à saúde.

É importante reduzir o consumo de ácido linoleico para cerca de 2 ou 3 gramas por dia, um valor semelhante ao consumido por nossos ancestrais antes do surgimento de várias doenças crônicas. Isso significa evitar óleos de soja, milho, canola, cártamo, girassol e amendoim, além de evitar alimentos processados, fritos em óleo vegetal e fast food.

Além de aumentar os níveis de ômega 3, é fundamental reduzir o ômega 6 para preservar a saúde e aproveitar os benefícios do ômega 3. Quanto à vitamina D, a exposição solar adequada é a melhor forma de otimizar seus níveis. Caso isso não seja possível, a suplementação diária de vitamina D3 pode ser necessária para atingir níveis de 40 a 60 ng/mL.

Estudos sugerem que o nível ideal para saúde e prevenção da maioria das doenças simples é entre 60 ng/mL e 80 ng/mL. É importante testar regularmente os níveis de vitamina D para determinar a necessidade e a dose adequada de suplementação. Ao optar por suplementos, é essencial equilibrar a ingestão de vitamina D com outros nutrientes, como vitamina K2, cálcio e magnésio, para evitar complicações associadas à calcificação arterial excessiva.